
Produtos estruturados: quais os riscos e benefícios?
3 de nov. de 2025
Felipe Gualberto, CFP®, responde:
Antes de tudo, o que é um produto estruturado? Nada mais é do que uma combinação de dois ou mais ativos, que podem ser ações, índices, commodities e moedas.
Mas afinal, qual o grande benefício desse produto? Podemos citar os mais relevantes: a proteção parcial ou total do capital, diversificação de estratégia, acesso a mercados diferenciados, assimetria de retorno e customização.
Como um exemplo, quando falamos de proteção, imagina-se estar exposto a um mercado extremamente volátil, porém com a possibilidade de limitar esse risco ou até mesmo anulá-lo.
Do mesmo modo, a alavancagem/assimetria é a possibilidade de potencialização do retorno dos investimentos.
Outra característica interessante é a possibilidade de customização aos objetivos do investidor, fazendo com que tenha um melhor encaixe no portfólio.
Por se tratar de uma solução mais sofisticada, demandando tempo, recursos e conhecimento avançado, replicá-lo por conta própria torna-se uma tarefa mais difícil para o investidor comum.
Isso pode fazer com que o produto ganhe espaço nas carteiras, afinal, ele permite o acesso a ativos ou estratégias que seriam complexos de montar individualmente.
Cada estrutura possui suas próprias características de rentabilidade, tipo de exposição de mercado e ativos, barreiras envolvidas, tempo mínimo de permanência no investimento e condições de liquidez.
Se todos esses detalhes estiverem em concordância com os objetivos e perfil do investidor, torna-se uma opção para a carteira de investimentos. É importante levar sempre em conta os riscos, que, como em qualquer outro investimento, podem ocorrer. Podemos citar aqui alguns deles:
Risco de crédito: a garantia aqui é a própria instituição emissora, sendo importante que tenha solidez;
Liquidez restrita: mercado secundário ativo mais escasso, podendo ser necessário levá-lo a vencimento;
Retorno limitado: pode limitar o ganho máximo, sendo importante a compreensão deste tema pelo investidor, evitando qualquer sentimento de frustração;
Risco de perda parcial ou total: caso não seja ‘capital protegido’, existe a possibilidade de perda parcial ou total do valor aplicado;
Tributação: por seguirem a tabela regressiva de renda fixa, dependendo do prazo, pode acarretar uma alíquota mais alta (no caso de prazos curtos).
De forma geral, fazemos uso destas estruturas como uma forma de complementar o portfólio e não como grande fonte geradora de rentabilidade.
Um planejador financeiro pode ter função importante em conjunto com o cliente investidor, identificando seus objetivos, perfil, apetite de risco, necessidade de liquidez e fluxo de caixa.
Após isso, a criação do que chamamos de “asset allocation” pode ser realizada, que nada mais é do que definir percentuais de quanto o portfólio receberá em cada classe de ativo disponível, são elas: renda fixa, multimercados, ações, moedas, alternativos e internacionais.
Felipe Gualberto é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP (Certified Financial Planner), concedida pela Planejar – Associação Brasileira de Planejamento Financeiro.
E-mail: felipesgualberto@gmail.om
As respostas refletem as opiniões do autor e não do jornal Valor Econômico ou da Planejar. O jornal e a Planejar não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Perguntas devem ser encaminhadas para: consultoriofinanceiro@planejar.org.br
Confira a publicação original do artigo: Valor Econômico

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