
Volatilidade e planejamento financeiro: como conciliar?
13 de out. de 2025
Ana Paula Marquito, CFP®, responde:
Antes de esclarecer de que forma a volatilidade pode influenciar nas decisões de alocação, é preciso entender o que é volatilidade, alocação de ativos e diversificação.
A volatilidade dos ativos é a medida que indica o quanto esse ativo pode oscilar em seu preço. É uma medida de risco, ou seja, mede a intensidade e a frequência com que esse ativo pode variar. Quanto maior a volatilidade, maior a chance de o ativo apresentar flutuações, o que pode gerar ganhos ou perdas.
Um ativo ter baixa ou alta volatilidade não é algo bom ou ruim por si só. Isso depende do perfil do investidor, sua tolerância ao risco, capacidade de assumi-lo e seu horizonte de tempo. Esses fatores devem ser considerados no planejamento financeiro.
Entender esse conceito é essencial para definir a alocação da carteira e avaliar como a diversificação contribui para alcançar os objetivos.
Mas o que é alocação de ativos? É a escolha dos títulos que compõem o portfólio. Trata-se de uma estratégia que distribui os recursos entre diferentes classes de ativos, como ações, fundos, renda fixa e imóveis. Essa estratégia busca otimizar a relação risco-retorno. Nessa etapa, também devem ser considerados o perfil e os objetivos do investidor.
Agora, vamos entender o que é diversificação e por que ela é importante em uma estratégia de investimentos.
A diversificação consiste em escolher uma variedade de ativos que reagem de formas diferentes às mesmas condições de mercado. Por exemplo: quando um ativo perde valor, outro pode ganhar.
Isso é chamado de correlação. Ela mede como os preços de dois ativos se comportam entre si. Ativos com baixa correlação, ou negativa, são ideais para diversificação, pois tendem a se mover em direções opostas.
Um exemplo é a correlação entre o dólar e o índice Ibovespa. Quando o dólar sobe, geralmente o Ibovespa cai, e vice-versa. Ações de setores diferentes também são exemplos de ativos com baixa correlação que podem fazer sentido em uma estratégia diversificada.
Com esses conceitos, fica mais fácil entender como a volatilidade influencia as decisões de alocação, considerando diversos fatores.
Um deles é a tolerância ao risco. Investidores conservadores, com aversão ao risco, preferem portfólios com baixa volatilidade, com menor chance de perdas. Já os mais agressivos aceitam mais volatilidade em troca de maior rentabilidade.
Outro fator é o horizonte de tempo, ou seja, o prazo dos investimentos. Em longo prazo, a volatilidade pode ser menos relevante. Já em prazos curtos, o risco de perdas no resgate é maior.
A volatilidade faz parte do mercado. Pode afetar ativos específicos ou todo o mercado, como ocorreu na pandemia. Alguns eventos aumentam a aversão ao risco.
Com o apoio de um profissional qualificado, um planejador financeiro certificado, essa tarefa se torna mais simples, pois ele ajudará a montar uma estratégia que minimize riscos e potencialize resultados.
Ana Paula Marquito é planejadora financeira pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pela Planejar - Associação Brasileira de Planejamento Financeiro. E-mail: ana18.marquito@gmail.com
As respostas refletem as opiniões do autor e não do jornal Valor Econômico ou da Planejar. O jornal e a Planejar não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Perguntas devem ser encaminhadas para: consultoriofinanceiro@planejar.org.br
Confira a publicação original do artigo: Valor Ecônomico

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