Black Friday exige cautela: Planejar orienta consumidores a evitarem compras por impulso 

São Paulo, 21 de novembro de 2025 – A Black Friday, uma das datas mais aguardadas do varejo, movimenta milhões de consumidores todos os anos. De acordo com a expectativa da Abiacom (Associação Brasileira de Inteligência Artificial e E-commerce), a Black Friday de 2025 deve movimentar R$ 13,34 bilhões, um crescimento de 14,7% sobre os R$ 11,63 bilhões registrados em 2024. O tíquete médio estimado é de R$ 808,50. 

No entanto, a data pode ser responsável por desequilíbrios financeiros que se estendem até o início do ano seguinte. Com anúncios agressivos, descontos relâmpago e campanhas publicitárias, o risco de compras por impulso aumenta. Para evitar armadilhas, a Planejar (Associação Brasileira do Planejamento Financeiro) defende que o planejamento é a principal ferramenta de proteção do consumidor.

De acordo com Fernando Zetune, planejador financeiro CFP® pela Planejar, a chave para não cair nas tentações do consumo impulsivo é a preparação prévia. “A melhor forma de evitar a compra por impulso é listar com antecedência quais são os produtos que você vai comprar”, afirma. Ele recomenda ainda que o consumidor reserve um tempo para refletir sobre a real necessidade do item: “Vale a pena refletir durante algum tempo sobre a real necessidade ou realização própria de comprar aquele produto”, aconselha o planejador.

A proximidade da data com o pagamento da primeira parcela do 13º salário também exige atenção redobrada. De acordo com a Planejar. o dinheiro extra pode dar uma falsa sensação de folga financeira, estimulando gastos acima do ideal. “Com certeza isso viabiliza as compras por impulso”, alerta Zetune. A recomendação, segundo ele, é definir previamente o montante disponível para compras. “Se envolva no seu orçamento doméstico, veja o quanto você pode gastar sem comprometer o seu dia a dia e estabeleça o limite de gastos para a Black Friday”, diz. Com esse cuidado, mesmo que alguma compra por impulso aconteça, “você terá controle da situação”.

O especialista também reforça que a programação deve levar em conta as despesas típicas de início de ano — período que concentra tributos e gastos inadiáveis. “O começo do ano concentra vários gastos obrigatórios. Se não se planejar para a Black Friday, é bem provável que no começo do ano falte dinheiro”, afirma. Entre eles estão IPTU, IPVA, matrícula escolar, material escolar e até tarifas reajustadas de serviços.

Para aproveitar a Black Friday com segurança, o consumidor precisa diferenciar os descontos reais das chamadas "pegadinhas" da data, práticas em que produtos aparecem com grandes cortes de preço, mas na verdade foram previamente inflacionados. “Infelizmente na Black Friday acontece muito de pagarmos a metade do preço de algo que está custando o dobro”, observa Zetune. Quem se planeja com antecedência tem mais facilidade em acompanhar a evolução dos preços ao longo dos meses. Isso permite identificar se o desconto ofertado é verdadeiro.

Já para quem não conseguiu se preparar, ainda há alternativas. “Existem alguns sites  que gravam o histórico de preços dos produtos. Desse modo dá para ver se o preço na Black Friday está de fato menor em comparação ao resto do ano”, explica o planejador financeiro.

Sobre a Planejar

A Planejar (Associação Brasileira de Planejamento Financeiro) é a única instituição no Brasil autorizada a conceder a certificação CFP® (Certified Financial Planner). É afiliada ao FPSB (Financial Planning Standards Board) entidade norte-americana responsável pela divulgação, gerenciamento e controle do uso das marcas CFP® fora dos Estados Unidos.

O Brasil é o quinto país com mais planejadores financeiros certificados, com mais de 11 mil profissionais. No mundo, são mais de 230 mil. A certificação CFP® é uma certificação de distinção que traz um diferencial para a carreira do profissional. Para obtê-la, além de comprovar conhecimentos técnicos por meio de avaliação específica, o candidato também precisa comprovar formação acadêmica, experiência profissional e adesão a um código de ética. Para manter a certificação, o profissional precisa ainda cumprir requisitos de educação continuada.

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