A credibilidade do profissional supera a força da marca no mercado financeiro
4 de nov. de 2025
No Congresso Internacional da Planejar, especialistas mostram migração do foco em produtos para um modelo voltado à experiência e transparência

São Paulo, 4 de novembro de 2025 - No novo mercado financeiro, a credibilidade do profissional passou a pesar mais do que a marca da instituição. O investidor já não busca apenas performance de carteira, mas orientação contínua, organização patrimonial e proteção de riscos, e, sobretudo, alguém em quem possa confiar.
Segundo participantes do painel “Planejadores independentes: caminhos e ferramentas para a construção de negócios lucrativos”, no Congresso Internacional da Planejar, o cliente compara profissionais não pela instituição a que pertencem, mas pela clareza da proposta de valor; pela forma de cobrança e pela capacidade de acompanhar decisões ao longo do tempo. “A tecnologia ajuda a entender o cliente, mas é o relacionamento que sustenta a escolha dele”, resumiu Guilherme Assis, CEO do Gorila, ao destacar que a transformação digital não elimina o vínculo humano, apenas muda o ponto de contato.
O tema foi aprofundado no painel “Planejadores independentes: caminhos e ferramentas para a construção de negócios lucrativos”, com Eduardo Amuri (Nossa), Guilherme Assis (Gorila) e João Paulo Bottecchia (FinTracks), mediado por Carlos Castro (SuperRico), no Congresso Internacional da Planejar. Os participantes destacaram que o cliente compara profissionais não pela instituição, mas pela proposta de valor, forma de cobrança e capacidade de acompanhar decisões ao longo do tempo. Para Guilherme Assis, CEO do Gorila, a tecnologia apoia o trabalho, mas o relacionamento ainda define a escolha. A digitalização não substitui o vínculo humano: apenas muda o ponto de contato e amplia as formas de entrega de valor.
Essa virada de confiança também se reflete na forma de remuneração. Eduardo Amuri, planejador financeiro CFP® da Nossa, defende o modelo fee based, em que a receita vem diretamente do cliente e não de comissões embutidas em produtos. “Quando você troca comissão por fee base, sua responsabilidade aumenta. O cliente sabe exatamente quanto paga e por que paga”, explica. Para ele, transparência e confiança andam juntas e são a base de um relacionamento de longo prazo, sustentado por propósito e previsibilidade.
Essa mudança de eixo acompanha uma transformação estrutural do setor. A antiga lógica centrada na venda de produtos cede lugar a um modelo baseado na experiência do cliente, na transparência da remuneração e na personalização das decisões. O reflexo é claro. O segmento de consultorias de investimento cresce entre 20% e 30% ao ano desde 2020 e deve encerrar 2025 com cerca de 500 empresas registradas na CVM, consolidando um ecossistema que privilegia vínculo, recorrência e alinhamento de interesses entre profissional e investidor.
João Paulo Bottecchia, da FinTracks, reforçou que essa transição é, antes de tudo, uma mudança de mentalidade. “Não se trata de um cifrão, se trata de pessoas. Nosso trabalho não está no produto, mas no que as pessoas querem conquistar. Somos como um Waze: a tecnologia orienta, mas quem dirige o carro é o cliente.” Para o especialista, algoritmos indicam caminhos, mas não substituem propósito, prioridade e contexto, e a confiança nasce da orientação, não da ferramenta.
Carlos Castro, planejador financeiro CFP® pela Planejar e mediador do painel, observa que a maturação do modelo independente no Brasil já apresenta resultados consistentes. “A renda média do profissional está em torno de R$ 20 mil mensais, com grande potencial de escalabilidade. A tecnologia será cada vez mais útil como apoio à tomada de decisão, mas não substitui o olhar humano na definição de prioridades financeiras.”
O cenário em construção aponta para um setor em que a tecnologia funciona como infraestrutura, enquanto o vínculo humano define permanência. A automação reduz custo e tempo, mas não gera lealdade. O futuro do planejamento financeiro pertence a quem combina método, escuta e visão de longo prazo com eficiência digital, porque, no fim, a confiança ainda é o ativo mais valioso do mercado.
Sobre a Planejar
A Planejar (Associação Brasileira de Planejamento Financeiro) é a única instituição no Brasil autorizada a conceder a certificação CFP® (Certified Financial Planner). É afiliada ao FPSB (Financial Planning Standards Board) entidade norte-americana responsável pela divulgação, gerenciamento e controle do uso das marcas CFP® fora dos Estados Unidos.
O Brasil é o quinto país com mais planejadores financeiros certificados, com mais de 10,6 mil profissionais. No mundo, são mais de 230 mil. A certificação CFP® é uma certificação de distinção que traz um diferencial para a carreira do profissional. Para obtê-la, além de comprovar conhecimentos técnicos por meio de avaliação específica, o candidato também precisa comprovar formação acadêmica, experiência profissional e adesão a um código de ética. Para manter a certificação, o profissional precisa ainda cumprir requisitos de educação continuada.
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