Jogadores da Série A precisam de R$ 107,5 milhões para manter padrão de consumo após aposentadoria
27 de ago. de 2025
Levantamento da Planejar revela que manter o estilo de vida da elite do futebol exige planejamento desde o início da carreira

São Paulo, 27 de agosto de 2025 – A carreira no futebol de alto rendimento costuma ser curta, com ganhos expressivos concentrados em um período limitado. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), um jogador da Série A que deseje manter o padrão de vida após deixar os gramados precisa acumular R$ 107,5 milhões ao longo da carreira. Esse montante permitiria uma renda anual de R$ 4,3 milhões, valor médio atual da categoria, considerando uma retirada segura de 4% ao ano para manter estabilidade sem depender de novas fontes de receita.
Para atingir esse objetivo até os 35 anos, idade estimada para o encerramento da atividade profissional em campo, seria necessário investir R$ 4,14 milhões por ano durante 15 temporadas, com rentabilidade real de 7% ao ano. A simulação considera que o planejamento comece aos 20 anos, com disciplina e constância nos aportes. “É uma corrida de 100 metros, não uma maratona. O atleta precisa fazer escolhas estruturadas desde o primeiro contrato profissional”, afirma Rogério Nakata, planejador financeiro CFP® e responsável pelos cálculos utilizados na projeção.
O conteúdo traz orientações práticas para transformar renda em patrimônio duradouro. Entre as estratégias sugeridas estão a separação automática de até metade da renda líquida no momento do recebimento, a formação de uma reserva de emergência com liquidez imediata e a diversificação de investimentos com base no perfil do atleta. Produtos como Tesouro IPCA+, CDBs, previdência privada, fundos imobiliários e imóveis para locação aparecem como alternativas sólidas. Automatizar os aportes é uma forma de blindar a disciplina financeira contra distrações de curto prazo.
Além das recomendações operacionais, Nakata alerta sobre as armadilhas recorrentes que comprometem a sustentabilidade patrimonial dos atletas. Gastos impulsivos, ausência de liquidez, decisões mal assessoradas e concentração em negócios de alto risco estão entre os erros mais comuns. A escolha por empreendimentos sem governança ou imóveis de difícil revenda amplia a vulnerabilidade financeira. Quando não há planejamento estruturado, até mesmo trajetórias bem-sucedidas podem resultar em perda de autonomia no pós-carreira.
Também ganha destaque a importância da disciplina, da consistência e da discrição na gestão dos recursos ao longo da vida esportiva. Na avaliação do especialista, a diferença está na clareza de propósito e na capacidade de transformar renda em patrimônio sólido. “A liberdade no pós-carreira não depende apenas do que se ganha, mas do que se constrói. É possível manter o padrão sem depender de exposição constante, desde que o patrimônio seja bem estruturado”, afirma o planejador.
As mesmas premissas, de acordo com ele, servem para atletas que atuam em clubes de menor expressão. Mesmo com salários mais modestos, iniciar aportes de 10% da renda mensal já representa uma base sólida para evolução futura. À medida que os ganhos aumentam, o percentual pode ser ampliado. Estabelecer metas por ciclo de carreira também ajuda a organizar prioridades e criar uma mentalidade previdente. O importante, segundo o CFP®, é começar com o que se tem, sem esperar pelo contrato milionário.
Na fase entre os 18 e 22 anos, o foco deve estar na criação de uma reserva de emergência e na construção de hábitos sustentáveis. Dos 23 aos 28, o momento passa a ser de alavancagem patrimonial e expansão dos investimentos. A partir dos 29, a estratégia ideal concentra-se na geração de renda passiva e no planejamento sucessório. Na visão do planejador, estruturar o pós-carreira com antecedência garante tranquilidade emocional e liberdade de escolha. Mais do que guardar dinheiro, trata-se de construir segurança com intencionalidade.
O cálculo da renda alvo e do patrimônio necessário teve como base dados divulgados pelo portal BolaVip Brasil, que apontam o salário médio anual da Série A em 669 mil euros. Com cotação média de R$ 6,40 por euro, esse valor chega a R$ 4,3 milhões por ano. A partir dessa média, foi estimado o volume patrimonial capaz de sustentar o mesmo padrão de vida de forma indefinida. O princípio utilizado segue a metodologia da taxa de retirada segura, amplamente reconhecida em planejamentos de independência financeira.
Na visão dele, muitos atletas ainda confundem alto rendimento com estabilidade. “Ganhar muito não garante segurança se o dinheiro não estiver bem administrado. A verdadeira liberdade está em transformar receita em patrimônio e patrimônio em autonomia. O jogo mais difícil não acontece dentro das quatro linhas, mas no modo como cada um gerencia o que conquistou. Quem aprende isso cedo, joga com vantagem, inclusive fora de campo, onde a partida é para a vida toda.”
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